segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Amor e o Tempo


«Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

-"Amor! Amor! Mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!"

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
-"Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?" - Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
-"Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo...Adeus! Adeus!"»

António Feijó
(Poeta de Ponte de Lima - 1856-1917)

1 comentário:

Anónimo disse...

Nem sp o amor é eterno...e por vezes o tempo leva-nos o k de mais precioso temos!

A solução: erguer a cabeça...coração ao alto e lutar até ñ mais poder...pk lá longe...brilha a estrela k nos guia a mais um amor que sp axamos k vai ser eterno!